Lá venho eu
      Discretamente vivo

      Lá venho eu

      Metido a poeta

      Lá venho eu

      Silenciando em sorrisos

      Lá venho eu

      Sangrando nas tragédias

      Lá vou eu

      Com meu salto fino

      Lá vou eu

      Engolindo outra queda

      Lá venho eu

      No meu eterno “isto ou aquilo”

      Lá venho eu

      No meu eterno “esta ou aquela”

      Lá venho eu

      Com meu olhar aos gritos

      Lá venho eu

      Tornando minha cara em aquarela

      Lá venho eu

      Que busco o infinito...

      Lá vou eu

      Lá fui eu

      Lá SOU eu...
 

      Essa tal verdade que esperas

      A certeza que liberta

      Nem se espante

      Se chegar libertina

      Pois ela existe

      E insiste

      Como bálsamo

      Para os nossos mais

      Silenciosos sentimentos...

      É cedo ou tarde?

      Quem sabe?

      

      Lágrimas, sorrisos,

      Na vida tudo é preciso

      

      Eu e meu incompleto coração,

      Queremos um sim,

      Dizemos um não

      

      Tantas dúvidas...

      Diante de certas certezas.

      

      É bravura

      É leveza

      Contradição

      Ou incerteza?

      

      No final,

      Acredito ser apenas eu
      No meu vago mundo de sonhos...