Quando nossos olhos se entrelaçaram,
senti que tua carência havia se alojado
em minhas privações. Não houve qualquer
artifício, foi somente uma união no
deserto dos sós.
No evento, experimentei a sensação
que nos conhecíamos de outras épocas,
pela ventura que se descortinava, como
pelo entrançar de nossos ideais.
Desvairados ou absortos, não sei,
nos entregamos de corpo e alma
nessa aventura, suplicando aos céus
para que não fosse mais um caso
inconsequente.
Semblantes renovados por novas
aragens, pelas promessas de esperança,
nos empenhamos na procura de horizontes
desconhecidos.
E então juntos, passamos a não acreditar
simplesmente pelo prazer de acreditar,
mas porque cobiçamos a felicidade,
e ela por certo, estará ao nosso lado
assim como nós estamos...