Aos meus pais que se foram, externo aqui, minhas saudades.
Saudades de vocês seres especiais, cada um
com a sua maneira de amar, um
tão desprovido de bens materiais e o outro
tão preocupado em deixar-nos-nos um pouco, para
recompensar sua distancia.
Pai que criaste esta criatura, aqui que te homenageia, mesmo em teus momentos mais desprovido, te apoiava, por ser você tão caridoso, por ser tão humano, sempre fazendo e doando
o que tivestes, sem pensar se no amanhã terias ou não!
Eras tu, ser especial que em todos os momentos tinhas uma palavra de carinho para o próximo,
Eras tu, pai, que nos ensinava que na vida ninguém é melhor que o outro, que no peso da balança e na peneira do tempo, ganhava sempre o mais simples e humano.
Eras tu, pai, filósofo, na sua humildade, que nos ensinava que nossa mesa quem chegasse
com fome sempre teria um prato, ao nosso
lado...
Eras tu, pai, que nos ensinava que olhasse sempre em volta e ao alcance de nossa visão, encontraríamos o próximo esperando nosso
olhar, mesmo que fosse só para dizer que podia
contar com o pouco e tanto que, nunca nos
faltou.
Eras tu pai, danado, que sempre dizia, que se
chegasse alguém se dizendo seu filho, que não os questionasse, pois poderiam ser mesmo!
Eras tanto, pai , que hoje onde tu estiveres
saberas que todas as orações que fazias por nós,
nós ajudaram muito, das maldades, sentimos tanto tua falta e que a saudade é demais.
Saibas tu, pai , que criastes a mim e ajudastes a criar meu filho, que hoje te homenageamos,
como pai, no sentido literal, como se
aqui ainda conosco estivesse e vai
sempre, mesmo que seja em orações, jamais
esqueceremos você.
Obrigada por tudo que fostes, criatura
humana, por demais, não
só com os teus, mais com todos
que...e em todos os momentos.
Ao meu pai, biológico, dedico meu amor e te
reverencio, na forma mais sublime, não pela
presença constante, mais pelo sofrimento da busca desta filha, que o destino separou.
Hoje eu sei pai das tuas buscas constantes e por maldade, esconderam todas as cartas para que não nos encontrássemos.
O amor venceu, tanto tu procuravas, como eu a
você, foram tantas embaixadas e tantos
consulados...e o encontro aconteceu!
Foi doido demais, depois de 34 anos, nos
vermos durante, somente, 15 dias, que que,
valeu mais que o tempo que ti busquei
tanto.
Foi como se nunca você de mim longe vivesse, a intensidade do amor era a mesma
como se ao teu lado sempre vivesse e com
tua proteção cresci..
Foi doido sim, tu falavas uma outra língua que eu nunca entendia e com um pequeno
dicionário íamos formando frases,
como se criança eu fosse, só que na linguagem
dos que se amam, não existe barreiras, era como se só tua presença, já acalentasse este coração que tanto quis chamar-te : PAI e dizer,que
independe da tua presença, eu sempre te
amei e certeza tinha do quanto tu
amavas esta filha, que aos três anos
de ti teve que partir.
Pai distante, tão diferente do pai
presente, mais que foram amados e a
saudade é a mesma,
sintam vocês, onde estiverem
que Deus, colocou um e outro,
para fazer o melhor dos pais.
Obrigada, por ser o que sou, forma
vocês, os criadores da nossa índole.
Que Deus, os guarde, quem sabe
um perto do outro e que vocês
possam conversar a linguagem
da gratidão.