Sem culpa eu te deixei na noite fria
e entreguei-me à embriaguez de um amor insano.
Descobri tarde demais o meu engano,
e a saudade fez-se minha companhia.
Procuro inutilmente a tua culpa,
para o meu egoísmo seguir...
Sem culpa.
Sem culpa eu te deixei na noite fria
e entreguei-me à embriaguez de um amor insano.
Descobri tarde demais o meu engano,
e a saudade fez-se minha companhia.
Procuro inutilmente a tua culpa,
para o meu egoísmo seguir...
Sem culpa.
Faço poesia tão simplesmente
Quanto o vento sopra a brisa delicada
provocando o bailado das árvores.
Faço poesia tão naturalmente
Quanto as ondas do mar
Cantam a lua cantigas de amor.
Faço poesia procurando a beleza
A magia que vem da natureza
E transforma tudo a minha volta!
Faço poesia
Como quem encontra uma ilha
Onde sobrevive ao naufrágio,
Onde o meu sonho se escondeu...
A poesia
É um lugar somente meu!
Na bucólica paisagem antevejo
A chuva, lenitivo à minha dor.
Ouvindo ao longe o som de um realejo,
Relembro, emocionada, o nosso Amor.
Vejo a fogueira em sua luz bruxuleante...
Sob um céu de nuvens tempestuosas,
O teu perfume ressurge, inebriante,
E a saudade retorna, dolorosa!
E a chuva molha os campos, de mansinho...
Molhando a relva verde do caminho.
É a natureza solidária à minha dor!
Porém, o sol ressurge, orgulhoso!
Zombando deste amor tão desditoso!
Banhando de luz a minha dor!