Tarde de sol
Brisa suave
Um sorvete
Uma brincadeira
Um olhar
Um segurar de mãos
Um roçar de lábios...
Apenas um beijo
Nunca mais o esqueci.
Tarde de sol
Brisa suave
Um sorvete
Uma brincadeira
Um olhar
Um segurar de mãos
Um roçar de lábios...
Apenas um beijo
Nunca mais o esqueci.
A flor que me deste,
Plantei-a no jardim.
Embora, nada mais reste,
Ficou vivo o jasmim.
Ainda que sem sorte,
Nosso amor tenha morrido,
A flor, mostrando-se forte,
Às intempéries tem resistido.
Todas as vezes que a olho,
Um grande suspiro dou...
Com delicadeza a flor molho,
Sorrio... Algo de ti ficou.
Poder embrenhar meus dedos em seus cabelos,
sentindo a maciez deles em minhas mãos.
Poder sentir sua boca, em minha boca,
num beijo ardente e louco.
Sentir seus braços a me enlaçarem,
cheios de calor e paixão.
Sentir seu corpo quente,
cheio desejo, de encontro ao meu,
desejando mais e mais amor.
Ofegantes...
Sem pensar em mais nada,
Nos entregarmos um ao outro,
Numa junção de energias perfeitas.
Depois, queria
Recostar minha cabeça em seu peito,
e embalada pelo pulsar de seu coração,
Adormecer.
Hoje o dia amanheceu cinzento.
O vento frio fez com que eu me
Encolhesse.
Puxei a gola do casaco para cima
e segurando suas pontas,
agasalhei a garganta.
Caminhando pela calçada vazia,
pus-me a pensar:
Como é bom ter alguém que me escreve,
Como é bom ter alguém
que me liga para conversar.
Alguém que pergunta como estou,
querendo realmente saber sobre mim.
Como é bom ter sua amizade sincera.
Obrigada por você existir.
Você como um vício
Instalou-se no meu ser,
Quis muito de início,
Como não ia quer.
Sofrer, eu comecei.
Eu quis então parar,
Esse vício que eu peguei,
Eu tinha que largar.
Sem conseguir largar aos poucos,
De uma só vez larguei,
Só mesmo os loucos,
Se viciam, como eu me viciei.
Cada dia que passava...
Que falta! Que agonia!
Sem o encontrar...
Eu sofria... Sofria...
Foi passando o tempo...
Então eu descobri...
Descobri com um lamento,
Que por nada eu sofri.
Que por nada me reprimi,
Que por nada eu chorei,
Que foi mentira o que vivi,
Que não valeu o que penei.
A mão que seguro, é a mão de Deus.
Nela segurando sinto-me confiante,
Percorrendo os caminhos meus...
Tranqüilamente sigo adiante.
Em Sua mão seguro fortemente.
Sua mão é divina e poderosa.
Sem ela, enfraquecida, certamente
Desfolhar-me-ia como uma rosa.
A mão que seguro e segurei
Sempre me livrou do perigo.
Foi nela que me amparei,
Foi nela que procurei abrigo
O Pai na dificuldade deu-me o que comer,
Tirou-me da doenças e tristeza,
Hoje agradecendo eu quero Lhe dizer:
Obrigada por mostrar-me Sua realeza.