Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

18
Jul 09

      Na tua fala discreta,

      tens razão no teu clamor

      quando dizes que um poeta

      exige muito do amor.



      Como amante incorrigível,

      é mui justo e natural

      exija um amor sensível

      que fuja ao convencional.



      E ao cerrar de uma cortina,

      aquele abraço em penumbra...

      chorar de um tango em surdina,

      para o instante que o deslumbra!



      Sentir no peito incendido,

      do céu os extremos confins,

      ao ter juntinho do ouvido

      débeis "nãos" dizendo "sins".



      Haurir das sedas o frolo

      da saia erguida em viés...

      desde o alvor do níveo colo

      à cútis rósea dos pés!



      Que as mãos do poeta sondem

      fofas e tépidas sendas...

      pra desvelar o que escondem

      finas sedas e alvas  rendas!



      Mas pra conter seu ardor,

      só de uma coisa precisa:

      daquela ânsia e ardor

      com que ama uma poetisa!


    

publicado por SISTER às 17:57

20
Jun 09

            Na tua fala discreta,

            tens razão no teu clamor

            quando dizes que um poeta

            exige muito do amor.

            

            Como amante incorrigível,

            é mui justo e natural

            exija um amor sensível

            que fuja ao convencional.

            

            E ao cerrar de uma cortina,

            aquele abraço em penumbra...

            chorar de um tango em surdina,

            para o instante que o deslumbra!

            

            Sentir no peito incendido,

            do céu os extremos confins,

            ao ter juntinho do ouvido

            débeis "nãos" dizendo "sins".

            

            Haurir das sedas o frolo

            da saia erguida em viés...

            desde o alvor do níveo colo

            à cútis rósea dos pés!

            

            Que as mãos do poeta sondem

            fofas e tépidas sendas...

            pra desvelar o que escondem

            finas sedas e alvas  rendas!

            

            Mas pra conter seu ardor,

            só de uma coisa precisa:

            daquele intenso furor

            com que ama uma poetisa!

publicado por SISTER às 18:06

02
Jun 09

            Na tua fala discreta,

            tens razão no teu clamor

            quando dizes que um poeta

            exige muito do amor.

            

            Como amante incorrigível,

            é mui justo e natural

            exija um amor sensível

            que fuja ao convencional.

            

            E ao cerrar de uma cortina,

            aquele abraço em penumbra...

            chorar de um tango em surdina,

            para o instante que o deslumbra!

            

            Sentir no peito incendido,

            do céu os extremos confins,

            ao ter juntinho do ouvido

            débeis "nãos" dizendo "sins".

            

            Haurir das sedas o frolo

            da saia erguida em viés...

            desde o alvor do níveo colo

            à cútis rósea dos pés!

            

            Que as mãos do poeta sondem

            fofas e tépidas sendas...

            pra desvelar o que escondem

            finas sedas e alvas  rendas!

            

            Mas pra conter seu ardor,

            só de uma coisa precisa:

            daquele intenso furor

            com que ama uma poetisa!

publicado por SISTER às 08:20

05
Jan 09

  Contigo a estrada do amor

  percorreria com ardor

  até me dares teu não.

  Porém, amar outro insistes
  e indiferente me assistes

  perambular pelos tristes

  caminhos da solidão!

publicado por SISTER às 08:29

13
Nov 08

                  De ti, poetisa, eu espero
                  as venturas que mais quero
                  dentre as que tens mais candentes...
                  pois não sinto em ser algum
                  aquele algo incomum
                  que é fundir, apenas num,
                  os nossos corpos ardentes!

publicado por SISTER às 10:45

17
Set 08

É chegada a primavera
      das manhãs de céu azul!
      Quanta claridade impera
      no Brasil, de norte a sul!
      
      Surge o sol sobre o horizonte
      e em revérberos reluz,
      banhando de ouro o monte,
      vestindo a manhã de luz!
      
      Como é lindo ver na roça
      os loiros e amplos trigais!
      Toda a vida se alvoroça
      na cantiga dos pardais!
      
      As abelhas saem em bando
      pelas manhãs brasileiras,
      o loiro mel retirando
      das flores das laranjeiras!
      
      O verde cobre as colinas
      e a mata se enche de cores;
      vemos frutos nas campinas,
      e os prados cheios de flores!
      
      E ao sol, senhor dos espaços,
      que estupendas sinfonias
      cantam sabiás e sanhaços,
      bem-te-vis e cotovias!
      
      Riachos correm vadios,
      por sob o arco das pontes;
      gargalham cascatas, rios,
      e cantam todas as fontes!
      
      É a estação dos sons, dos ecos,
      das mais estranhas fanfarras:
      grasnam patos e marrecos,
      e a zunir põem-se as cigarras!
      
      Entre as flores não há mídia,
      pois todas têm belos dotes;
      é tão graciosa uma orquídea,
      quanto é formoso o miosótis!
      
      Primavera é riso e flores,
      é festa em tudo que existe
      transformando em riso as dores
      da alma de quem é triste!
      
      Nenhuma outra supera
      o esplendor desta estação;
      vai-se o inverno, e a primavera
      veste os campos de algodão!
      
      Juntinhas, no mesmo atalho,
      por entre o mato e as urtigas,
      vão contentes ao trabalho
      os batalhões das formigas!
      
      À noite o jasmim recende
      seus exóticos perfumes...
      e a mata em festa se acende
      no piscar dos vaga-lumes!
      
      Molhado em gotas de orvalho,
      o pomar tem outras cores:
      há cem botões num só galho,
      e em cada ramo há cem flores!
      
      Flores, que em certo momento,
      o céu julgou nunca tê-las,
      mas Deus fez do firmamento
      um jardim cheio de estrelas!
      
      Oh, Deus, de amor tão profundo,
      eis nossa prece sincera:
      que as nações façam do mundo
      uma eterna primavera!

 

publicado por SISTER às 11:32

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