No sol de uma gaivota tu chegaste
Enchendo a minha vida num abraço
Com olhar de ternura incendiaste
O luzeiro ridente do meu espaço.
O meu peito é seara que aloiraste!...
Quando o dia se tornava escasso
Risonha ao meu lado te sentaste,
E o desejo brotou no teu regaço...
O nosso peito abriu-se em desejos
Em loucos e afogueados beijos...
E a carne se fez fogo de verdade.
Libertamos a concórdia desejada
Fizemos inveja à noite enluarada,
Que o dia guardou numa saudade...