A noite traz, às juras luminares,
Confidências, enquanto o mundo dorme.
A Via Láctea... Ah! Os meus sonhares!
Estrelas de um rosário... Céu enorme!
A noite de silêncio posta a voz
No monárquico frio da madrugada.
Flagelo glacial, deixai-me a sós!
Por Deus, deixai-me! Sim, a condenada!
O amor entregue à terra dos vazios,
Nas escolas noturnas, aos que queiram,
Em dias magros, secos, tão esguios!
Ir vê-lo no infinito. Ó grande astro!
Em temporais de areia que incendeiam,
Matar-me no meu céu sem deixar rastro!