Um riso doce, puro, cristalino,
Olhar profundo, cheio de mistério,
Do nosso amor, pra sempre um presbitério,
Algo imaterial... Algo divino...
Foi o teu jeito bom de homem-menino,
Que à minha vida trouxe refrigério...
Depois tornou-a um grande despautério,
Regido por destino cabotino...
Sem ânimo hoje sou, triste e sozinha,
Pois foste embora e me deixaste assim,
A soluçar, chorando a vida minha...
Ao tempo eu peço que retorne a mim,
Agora que eu estou doente e velhinha,
O prazer de viver, sonhar, enfim.