É a presença de um desejo,
A força de uma vontade...
Um indicio de mudança de caminhos,
Uma procura pela verdade!
É uma energia dentro dos atos...
Uma presença de fé!
O fogo, a tudo transforma;
A morte torna vida,
A vida, no que realmente é!
O fogo, não é mais do que a chama,
Ou a chama não é mais do que o fogo é...
O fogo representa o divino,
Enquanto o humano, enxerga-se na chama!
O elemento fogo,
Existindo em tudo,
Mostra-nos o mundo, moldando-nos...
E nos prepara novos futuros,
Que nem imaginamos como poderão vir a ser...

Minha alma, nossas almas, desde o primeiro instante,
Tão unidas, como uma única alma,
Faz de nós um único ser...
Torna nossas as melhores horas,
E nosso tempo o melhor de se viver...
Para sempre enamoradas!
E quanta alegria, quanto contentamento,
Quanto amor e quanto sentimento,
Temos experimentado!
Nossos passos como que caminham sobre espaços
De sonhos...
E a realidade nossa, nem tão crua e nem tão insossa,
Dá-nos gosto de viver...
Se existe fel no decorrer da vida,
Nossas almas enamoradas,
Destilam com amor e doçura...
E pacifica nossos sentidos,
E nossa labuta acalma!
Para sempre enamorada,
Segue minha alma, junto a tua...
Para sempre enamorada,
Segue a tua alma, junto a minha!

      Não devia lembrar
      mas não consigo esquecer que amei
      Ou melhor: bom é lembrar momentos felizes,
      esquecendo os maus momentos que vivi.
      Mas no amor é sempre assim: dor e alegria,
      quando não se vive bem o amor.
      Em sendo o amor bem maior,
      existe para ser bem vivido,
      bem cuidado, acarinhado, sempre...

      Os enganos e os arranjos que geram sofrimentos
      não fazem parte do amor, genuinamente,
      são fatos incidentais do descuido,
      de quem amou, sem cuidar do amor.

      Na vida cabe um faz de conta positivo, bem maneiro:
      é só pensar que tudo de ruim terminou, de vez;
      e até mesmo, que tudo que houve não existiu.
      O que houve não existiu. Pode?
      Pode sim!
      Vale uma mentirinha para amar e ser feliz.
      Ou não vale uma mentirinha?
      Sei não...

    

      Jogue-me na masmorra mais longincua que puder,
      para que eu não abale a tua conciência!
      Para que minhas palavras não desmoronem
      as bases de tua existência!
      Deixe-me apodrecer no cárcere,
      pois eu quero dar-lhe liberdades...
      Dar vazão á razão, que em ti se mostra presa!
      Evidênciar todos os sentimentos,
      que julgas atrapalhar-te!
      -Loucura!
      Prenda-me em uma camisa de força,
      com os nós mais firmes que possas...
      Pois quero contaminar-te!
      Sou Poesia, falo de amor...
      "Criatura" que não medindo palavras
      vai pintando um universo que desconheces...
      Ou com o qual não se conforma!
      Dou forma ao que sentes, ou presentes...
      Fôrma que forma teus medos... Tuas angústias...
      Sou o perigo de que veja em mim,
      o que não ofereces...
      O carinho, o amor, a companhia, o tesão!
      Afaste-me o quanto puder...
      Mas não se engane:
      A minha existência principia na tua!
      E a tua mesmo que nem perceba
      esta envolta pela minha!
      Deveriamos viver em comunhão!

  

      Diante de teu olhar de desejo e medo,
      Frente a frente com teu rosto tão rubro,
      De teus cabelos esvoaçantes,
      Roubei nossos primeiros beijos...
      Beijos tão loucamente roubados
      Que não me saem da mente,
      Que sinto o gosto ainda agora...
      Tão doces...
      Tão quentes!
      Outros beijos vieram um após outro
      Não tão roubados como os primeiros...
      Mas o calor e o gosto
      Sempre tão presentes
      Revivem os nossos primeiros
      Beijos roubados!
      Como se nas chamas de nosso amor
      Fosse fênix!