Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

28
Dez 10

E a noite acaba .
As luzes se apagam,
A cortina baixa,
Sei este texto de cor.
Quando ninguém mais olhar
- como estrela solitária -
vou  seguindo...
.
Imaginei que chegarias de mansinho,
no último raio de sol
com a ligeireza da luz,
com a leveza da folha,
a intimidade da paixão,
na timidez do murmúrio
e nos doces sussurros de amor.
.
Preparei-me.
Comprei tomilhos, alecrim, cravo,canela,
folhas de rosas e um tiquinho de arruda,
pra tomar um banho de cheiro,
harmonizar-me para o  amor.
Para encerrar um óleo de lavanda,
suave para estimular.
.
Queria limpar o corpo,
tirar energias negativas,
acalmar meus desejos,
revitalizar-me, pois  esperava!
.
Para adornar a pele morena
cobri a nudez com suave seda
de pálido luar.
.
Para enfeitar os lábios, tornei-os
vermelhos, macios e ternos morangos,
ao dispor da avidez!
.
Uma gota de chanel número 5,
nos pulsos, nas orelhas, e
por onde
imaginei e quis beijos.
.
Acendi  incenso ao amor
que teima em não chegar
e como a lua faço serenata
a solidão que me abraça.

publicado por SISTER às 11:47

23
Out 09


Foi-se o
não amanhecer;
O amanhã que
nunca será.
Silenciosamente,
foi-se a noite,
Uma noite
sem estrela e sem luz.
Um dia que não acaba.

Como espectros que perambulam,
De pessoas que não
mais se encontram.
Expressões vazias,
Fisionomias que circulam,
Como mortos vivos.


Pior agora
que o ano finda!

Contei este ano
de segundo a segundo
transformando em minutos,
as sofridas horas,
Num pesar do que
não pode ser!...

Mas - tenho fé!
Deixa acender o calor
Há uma vida prestes a começar
quando chegar o amanhã.

publicado por SISTER às 17:57

07
Out 09

Poetando vou...
Jogo versos sem métrica,
Solfejo em letras,
Sonho ao luar.
Caminho sem horizonte,
Buscando o que me resta,
No poente - a saudade!
 
Ah! tempo!
Em tuas fímbrias
O real e o imaginário se confundem.
Uma ode?
Um réquiem?
Um poema?
Um verso?
Ou uma lamentosa nênia ao luar?
 
Na verdade o  tempo
Ameniza a tristeza do poeta
Em doces,  suaves e saudosos cantos...
E dá a este cantante de letras
O tema,
A fantasia,
A solução do teorema.
 
E o sorriso  do sol da manhã,
A ilusão de tudo,
A perspectiva do nada...
O silêncio da prosa,
O êxtase em versos,
A confissão explícita,
Somadas a tristeza natural,
Se transformam em ternos poemas
Que componho para ti!



 

publicado por SISTER às 07:26

01
Out 09

Há quem goste de cutucar feridas;
De ver o sangue pingando;
Não deixar o machucado secar,
Não permtinto que lindas quimeras
Voltem a sonhar...


Os tempos mudaram mas a dor de cotovelo,
A possibilidade da perda,
A dor contínua da espera,
Do amor que esta fadado a morrer...
Angustiante, permanecem únicos,
Nos fazendo esmorecer!


Quando se perde um amor,
O vazio e a desilusão, são iguais.
Não se come, não se dorme, não se vive,
A tristeza atravessa o peito, o ar se esvai.
E todas as noites, no travesseiro amigo,
Depositário de nossas lágrimas,
É que encontramos consolo e paz...

Ah! quem já não passou por esta dor?!
Quem já não encheu um amigo de lamúrias,
Já não fez loucuras ?

Vou fundo na tristeza,
Busco dentro de mim o meu eu.
Procuro as respostas que não chegam...
Infinitamente reverbero
Do reflexo de luz que emana
No vento, na luz, n´ água , nas chamas,
E descubro, em nublado olhar, que
As lágrimas lavam a alma!

publicado por SISTER às 07:47

06
Jul 09

Vi teu vulto de braços erguidos
Como asas de colibri,
Estavas a sorrir...
Sorrindo, recordei...
Vestido,  apenas, com meus braços.
Nu - como a folha que voa perdida
Naquela noite,  setembro, outubro?
Já não lembro!

E de novo tua lembrança perturba.
Teu cheiro, vento de abril?
Me causa um misto de ternura e espanto,
No  mistério que ainda ofereces,
Oásis, na secura da vida.

Lambuzados - do prazer que desvaria,
Da emoção que domina, que toma,
A atração que nos juntou,
Loucos, famintos, sedentos deste calor,
Ainda lembro...

Agora - olhando percebo tudo tão diferente,
Sorris ainda, mas meus sentidos
Já não deténs!

publicado por SISTER às 11:15

10
Jan 09

Fechei portas naquele dia.

Aliás, é o que tenho feito:

fechar portas!

Tentei fugir de insuportáveis

noites de insônia

e de manhãs vazias.

Quis deixar os dias que se

enegreciam quando o sol de põe.

Noites e dias sem fim

que aumentam a solidão.

Fechei as portas

pela ausência de futuro...

e eis que subitamente acende-se a luz,

...e a porta estava fechada!

É fácil chegar a porta.

Difícil é abrir, e entrar.

Há portas que devem

permanecer fechadas.

As vezes morrer é o único

trunfo que resta.

Ainda que no limite, cada

um faz sua parte.

Cogite pedir perdão,

não existe sabedoria no amor.


 

publicado por SISTER às 16:12

04
Dez 08

As águas de março passaram
fechando o verão.
E chega o outono com os tristes
dias borrados entre frio e fosco,
garantindo noites escuras e profundas.

No chão - um acolchoado de folhas.
Árvores desnudas. Tudo em chocolate,
marrom dégradé, avermelhado,
cor da temporada.

Me visto de melancolia.
Corpo curvado, coração magoado,
fustigada pelo sol, pelo vento,
metade sigo e a outra cede,
vou e fico,
morro e vivo
na solidão acompanhada
das saudades que vão e das que ficam,
marrom, obscura, hiato sem nexo...
... e entro no contexto do universo.

 

publicado por SISTER às 10:14

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