Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

03
Ago 10

Além da Terra, além do Céu,
no trampolim do sem-fim das estrelas,
no rastro dos astros,  na magnólia das nebulosas.
Além, muito além do sistema solar,
até onde alcançam o pensamento e o coração, vamos!
vamos conjugar  o verbo fundamental essencial,
o verbo transcendente, acima das gramáticas
e do medo e da moeda e da política,
o verbo sempreamar, o verbo pluriamar,
razão de ser e de viver.

publicado por SISTER às 13:16

30
Dez 09

      "Para você ganhar belíssimo Ano Novo
      cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
      Ano novo sem comparação com todo o tempo já vivido
      (mal vivido talvez ou sem sentido)
      para você ganhar um ano
      não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
      mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
      novo
      até no coração das coisas menos percebidas
      (a começar pelo seu interior)
      novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
      mas com ele se come, se passeia,
      se ama, se compreende, se trabalha,
      você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
      não precisa expedir nem receber mensagens
      (planta recebe mensagens?
      passa telegramas?)
      
      Não precisa
      fazer lista de boas intenções
      para arquivá-las na gaveta.
      Não precisa chorar arrependido
      pelas besteiras consumadas
      nem parvamente acreditar
      que por decreto de esperança
      a partir de janeiro as coisas mudem
      e seja tudo claridade, recompensa,
      justiça entre os homens e as nações,
      liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
      direitos respeitados, começando
      pelo direito augusto de viver.
      
      Para ganhar um Ano Novo
      que mereça este nome,
      você, meu caro, tem de merecê-lo,
      tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
      mas tente, experimente, consciente.
      É dentro de você que o Ano Novo
      cochila e espera desde sempre".

      FELIZ ANO NOVO !!!!

publicado por SISTER às 14:58

26
Nov 09

      "Fácil é abraçar,
      apertar as mãos,
       beijar de olhos fechados.
      Difícil é sentir
      a energia que é transmitida.
      Aquela que toma conta do corpo
       como uma corrente elétrica
      quando tocamos a pessoa certa."

  

publicado por SISTER às 12:31

28
Abr 09

      Todo dia é menos um dia;
      menos um dia  para ser feliz;
      é menos um dia para dar e receber;
      é menos um dia para  amar e ser amado;
      é menos um dia para ouvir e, principalmente, calar

      Sim, porque calando nem sempre quer dizer
      que concordamos com o que  ouvimos ou lemos,
      mas estamos dando a outrem a chance de pensar,
      refletir,  saber o que falou ou escreveu.

      Saber ouvir é um raro dom,  reconheçamos.
      Mas saber calar, mais raro ainda.
      E como humanos estamos  sujeitos a errar.
      E nosso erro mais primário, é não saber:
      Ouvir e calar

      Todo dia é menos um dia para dar um sorriso.
      Muitas vezes alguém  precisa, apenas de um sorriso
      para sentir um pouco de felicidade

      Todo dia é menos um dia para dizer:
      - Desculpe, eu errei !
      Para  dizer:
      - Perdoe-me por favor, fui injusto !

      Todo dia é menos um  dia;
      Para voltarmos sobre os nossos passos.
      De repente descobrimos que  estamos muito longe
      E já não há mais como encontrar
      onde pisamos quando  íamos.
      Já não conseguiremos distinguir nossos passos
      de tantos outros que  vieram depois dos nossos.

      E se esse dia chega, por mais que  voltemos;
      estaremos seguindo um caminho, que jamais
      nos trará ao ponto de  partida.

      Por isso use cada dia com sabedoria.
      Ouça e cale se não se  sentir bem;
      Leia e deixe de lado, outra hora você vai conseguir
      interpretar melhor e saber o que quis ser dito.


 

publicado por SISTER às 07:35

30
Nov 08

   Amiga, como são desnorteantes os caminhos da amizade. Apareceste para ser o ombro suave onde se reclina a inquietação do forte (ou que forte se pensava ingenuamente).

                        Trazias nos olhos pensativos a bruma da renúncia:
                        não querias a vida plena, tinhas o prévio desencanto das uniões para toda a vida, não pedias nada, não reclamavas teu quinhão de luz. E deslizavas em ritmo gratuito de ciranda.

                        Descansei em ti meu feixe de desencontros e de encontros funestos. Queria talvez - sem o perceber, juro - sadicamente massacrar-te sob o ferro de culpas e vacilações e angústias que doíam desde a hora do nascimento, senão desde o instante da concepção em certo mês perdido na História, ou mais longe, desde aquele momento intemporal em que os seres são apenas hipóteses não formuladas no caos universal.

                        Como nos enganamos fugindo ao amor! Como o desconhecemos, talvez com receio de enfrentar sua espada coruscante, seu formidável poder de penetrar o sangue e nele imprimir uma orquídea de fogo e lágrimas.

                        Entretanto, ele chegou de manso e me envolveu em doçura e celestes amavios. Não queimava, não siderava; sorria. Mal entendi, tonto que fui, esse sorriso. Feri-me pelas próprias mãos, não pelo amor que trazia para mim e que teus dedos confirmavam ao se juntarem aos meus, na infantil procura do outro, o outro que eu me supunha, o outro que te imaginava, quando - por esperteza do amor - senti que éramos um só.

                        Amiga, amada, amada amiga, assim o amor dissolve o mesquinho desejo de existir em face do mundo com olhar pervagante e larga ciência das coisas. Já não defrontamos o mundo: nele nos diluímos, e a pura essência em que nos transmutamos dispensa alegorias, circunstâncias, referências temporais, imaginações oníricas, o vôo do Pássaro Azul, a aurora boreal, as chaves de ouro dos sonetos e dos castelos medievos, todas as imposturas da razão e da experiência, para existir em si e por si, à revelia de corpos amantes, pois já nem somos nós, somos o número perfeito: UM.

                        Levou tempo, eu sei, para que o EU renunciasse à vacuidade de persistir, fixo e solar, e se confessasse jubilosamente vencido, até respirar o júbilo maior da integração. Agora, amada minha para sempre, nem olhar temos de ver nem ouvidos de captar a melodia, a paisagem, a transparência da vida, perdidos que estamos na concha ultramarina de amar.

publicado por SISTER às 12:42

25
Ago 08

   Por muito tempo achei que a ausência é falta
            E lastimava, ignorante,a falta
            Hoje não a lastimo
            Não há falta na ausência
            A ausência é um estar em mim
            E sinto-a, branca, tão pegada,
            aconchegada nos meus braços,
            que rio e danço e invento exclamações alegres,
            porque a ausência,
            essa ausência assimilada,
            ninguém a rouba mais de mim.

                              

publicado por SISTER às 07:34

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