A educação está em processo de falência no mundo todo.
Não por culpa dos educadores nem pela falta de limites dos jovens, mas por um problema mais grave que vem ocorrendo nos bastidores da mente humana e que os cientistas sociais e os pesquisadores da psicologia não estão compreendendo.
O ritmo de construção do pensamento no mundo moderno acelerou-se doentiamente, gerando a síndrome do pensamento acelerado, ou SPA. Os jovens estão desenvolvendo coletivamente o SPA. Essa síndrome faz com procurem ansiosamente novos estímulos para excitar suas emoções e, quando não os encontram, fiquem agitados e inquietos. As salas de aula tornaram-se um canteiro de tédio e estresse em que os alunos não se concentram e têm pouco interesse em aprender.
A educação incorporou muitas teorias, mas não levou em consideração o maior educador do mundo. Se as escolas estudassem e usassem - sem qualquer vínculo religioso - a psicopedagogia e o princípio de inteligência do Mestre dos Mestres, certamente ocorreria uma revolução na sala de aula.
Educar é produzir um ser humano feliz e sábio. Educar é produzir pessoas que amam o espetáculo da vida. Desse amor emana a fonte da inteligência. Educar é produzir uma sinfonia em que rimam dois mundos: o das idéias e o das emoções. Se as escolas conhecessem melhor os procedimentos educacionais que Jesus aplicou não apenas formariam pessoas saudáveis, mas investiriam na qualidade de vida.
Jesus fazia laboratórios educacionais do mais alto nível. Fazia laboratório das funções mais importante da inteligência, laboratório de superação, laboratório de treinamento de caráter, oficina de psicologia preventiva. Quem andava com ele resgatava o sentido da vida e desejava ser eterno. Só deseja ser eterno quem aprendeu a amar a vida, a realçar sua auto-estima e a não gravitar em torno de seus sofrimentos. Esta é uma faceta da inteligência espiritual.
Quando Jesus disse "Ama o próxima como a ti mesmo" (Mt 22:39), ele estava fazendo um excelente laboratório de autoestima. Se eu não amar a vida que pulsa em mim, como vou amar o próximo? Não é possível amar os que lhe cercam se você não ama a si mesmo.
Jesus sabia ensinar homens e mulheres a pensar e a navegar nas águas da emoção. Queria tratar as feridas da alma e cuidar do bem-estar das pessoas. Não estava preocupado com a sua imagem social. Corria todos os riscos por causa de um ser humano.
Será que muitos que admiram Jesus são capazes de amar o ser humano desse modo?
Você consegue ver que por trás dos belos sorrisos das pessoas que o rodeiam há algumas profundamente feridas, que não sabem como pedir ajuda?
Que título melhor podemos dar a Jesus Cristo senão "O Mestre do Amor"?