A razão mágica
dessa exposão de sensações
desse querer que queima
dessa transparência do amor
de peixes verdes que voam
da procura louca da búzios e corais,
são os meus beijos amor
que sem pudor,sem vergonha,
ao sabor do vento
deposito em tua boca.

            Do amor quero

            todos os pedaços de ti

            quero o teu luar, o teu cheiro

            o teu sabor a pão com manteiga.

            Quero do amor

            uma nuvem, um mar

            andar contigo de mão dada

            deitar-me na relva molhada

            dançar à chuva

            gritar bem alto

            que do amor te quero a ti.
 

            Do amor quero

            todos os pedaços de ti

            quero o teu luar, o teu cheiro

            o teu sabor a pão com manteiga.

            Quero do amor

            uma nuvem, um mar

            andar contigo de mão dada

            deitar-me na relva molhada

            dançar à chuva

            gritar bem alto

            que do amor te quero a ti.

            

             

           

       Queria no cais que a lua vem  beijar
      que houvesse barcos e mar
      muito mar para nos levar.
      
      Queria com gestos frágeis
      de quem insiste em ser uma nuvem
      de quem insiste em te inventar
      encontrar o Sol na palma da tua mão.
      
      Queria a ternura suficiente para pedir à Lua
      que te deixe ficar, dias, meses, anos
      até o Sol te reclamar.


                     

E aquelas gotinhas molhadas
suspensas nas árvores, nos telhados
teimavam em não cair
estavam pairando por cima de tudo
por cima de nada,
como se fossem o tecto do mundo

E o rio secava
e a chuva ria
e o avô chorava lágrimas que não caiam
ficavam paradas no balançar da sua cadeira.

O menino jogava à bola
olhava pasmado a chuva parada

Chuva estranha que não chuvia
só ria, ria, ria...