Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

11
Mai 09

Feitiço desgovernado e sem calma
Atravessa o fogo dos milênios
Rege o corpo, impacienta a alma;
Ardil engastado de silêncios.

Aprisiona n'alma a carne malsã;
Fere os estatutos da harmonia,
Sentencia como criatura pagã
A viver em eterna rebeldia.

Apócrifos ou meros apêndices?
Reticente; eis o alvo hodierno,
Apascentado por crenças e crendices.

Arderá em seu próprio inferno;
Alma vã em corpo de tolices
Num pacto de amor pós-moderno

publicado por SISTER às 07:10

27
Abr 09

no ponto exato da pulsação
uma exclamação
e uma pergunta ficou no ar:
quanto vale esse tempo indeciso?
serei eu a pedra do altar
ou a pedra no caminho?

contida pela força
desacelero aos poucos;
não me acho, não me vejo
e não sinto o que me abraça
não há senão uma esperança
que bate descompensada
uma chama oscilante
que pisca e não se apaga
que não morre, nem se apruma

os dias se seguem obstinados
enquanto eu que não me habito,
assisto o tempo que me embaraça
nas horas que em mim se embaçam
na batida do carrilhão apressado

tenho pressa de viver
medo de adormecer e ver a vida se extinguir
nos meus braços vazios
sem ao menos ter vivido
a cota que me é devida,
conto os minutos dentro das horas
nas marcas da minha pele
nos fios do meu cabelo
que sem licença adoecem

desacelera coração
há muita vida dentro dessas artérias
muita horas dentro da ampulheta
infinitos trilhos nesse túnel
e muita emoção a ser embalada
por esses meus braços ansiosos

publicado por SISTER às 06:09

21
Abr 09

Um espaço sem cores
Rasgou o véu das mazelas,
Molhou os olhos secos
Explodiu estilhaços
Na lâmina das palavras.

Escorreu pelas frestas
Um rio de desejos tolos,
Que só registrados foram
Nos pergaminhos da alma
Fria pelo escuro da solidão.

Um leito seco não se encharca
Com gotas esparsas,
Vira uma lamaçal viscoso sim
Com uma rega intencional;
Magoado chão estéril
Não mais irá florir intenções.

publicado por SISTER às 07:15

20
Nov 08

No calvário te segui em muda oração,
Sangrando os olhos, em óleos regados;
Onde sufocada foi tua esperada coroação
Amaldiçoei mil vezes os meu pecados.

Morre o homem sem tempo para a fé
 Remidos passeiam livres e soberanos
Abaixo do céu sem esperança, caminham a pé
Desnudados na absolvição, pobres humanos.

Comungo na mesma taça  a redenção,
A última proposta aliança;
O sangue jorrado no fogo da maldição.

Prostrada em adoração, ante ao sangue derramado;
Mato o eterno, insano inferno da criação
Para o júbilo do salmo a ser entoado

publicado por SISTER às 07:30

11
Out 08

                                Se soubesse calar, ouviria anjos...
                                se aprendesse só ouvir,
                                perderia as palavras no vão dos lábios...
                                Se tocasse a canção ...
                                conheceria as notas que
                                 flutuam nas falas...

                                Se tivesse sinos dourados ...
                                faria uma orquestra ...
                                Se pudesse escolher a melodia...
                                optaria pelos hinos...
                                Se coubessem nas minhas mãos...
                                colecionaria chuvas...

                                Se o tempo permitisse navegar nos ponteiros...
                                encalhava na hora da felicidade...
                                Se eu pudesse, pararia o sol...beijaria a lua...
                                caminharia nua nas estrelas...
                                Se tocasse, faria serenatas ao luar...
                                dormiria sob o manto negro
                                 da noite...
                                me batizava no orvalho...
                                me alistaria na jornada das estrelas...

                                Se deixassem, me perderia nas chuvas,
                                 sem pressa de voltar...
                                Se soubesse voar,
                                desenharia nas nuvens...
                                Se pudesse, roubava um oceano...
                                Se pudesse, guardava comigo
                                todas as brisas...
                                Se pudesse,
                                 viveria as mil e uma noites...

                                Se pudesse, cometeria loucuras
                                que só as pessoas sãs cometem...
                                e viveria insanamente como manda
                                 o juízo dos loucos...
                                Se pudesse, seria muito mais inconseqüente...
                                e muito mais livre...
                                Se pudesse, simplificaria muito
                                 mais as falas e multiplicaria os gestos..

                                Se tivesse poderes, transformaria
                                em cristais as lágrimas de amor...
                                Se pudesse escolher preferia estar
                                 só e mergulhada nos meu silêncios...
                                Se pudesse optar, preferiria sempre
                                olhar nos olhos das pessoas e confessar
                                o que vai na minh´alma...
                                sem reservas.

                                Se pudesse, daria um sentido a tudo
                                 que anda vagando...
                                Enfim se pudesse...encontraria comigo mesma,
                                 não por egoísmo,
                                 para saber quem realmente eu sou...

publicado por SISTER às 09:10

05
Ago 08

Indulgência?
Tenha a santa paciência
Feche a porta sem olhar
Há cartazes espalhados
Uma invasão distinta
De licenças. Não peco!

Coerência?
Sempre que sobrar fluência
Vontade de pouco falar
Discursos inflamados
Mata -borrão pra pouca tinta
Papel pardo, visão de cego

Tolerância?
Completa! Abaixo a implicância
Viva a teimosia, a nudez impar
Que no saco de poucos achados
Parece que nunca se finda
Atenção, é coisa que nunca nego

Reticência...
Concordância, e muita elegância
Um passo em falso e morro à míngua
Crucificada pela própria língua
Estrangeira em última instância
No limite da mendicância.

publicado por SISTER às 06:54

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