ÀS vezes desejo extravassar a razão
gritar ao mundo quanto dói a distância,
deixar de me precaver,
reaver a desvairada juventude
que deixei tão cedo adormecer.
Uma onda aguda me puxa pra dentro
elevando meu sentimento
ao conhecido descontentamento
de que tenho que frear os desejos.
Fico pensando...até quando?...
A enxaqueca toma conta
dos meus pensamentos
embaralhando propositalmente
meus reais delírios.
Será ela meu cofessionário?...
Assim passam as horas,
correm os dias,
escorrem os meses,
derramam os anos.
E eu, quando irei deixar de me afogar?...