Lá vem o dia, este se apresenta de forma diferente
saio entre os jardins e as flores antes alegres e de cores vivas estão tristes e pálidas...
O sol que sempre se faz senhor absoluto tomado pela nevoa densa
a esconder o seu brilho e calor...
Caminho ao encontro do oceano e ele que antes com sua melodia demonstrava-me força,
torna-se melancólico e com suas ondas espumantes
mas me parece lagrimas sem fim
Procuro os pássaros e os vejo sob os galhos das arvores tristonhos e sem canto,
as borboletas se recolhem como se voltassem a ser taturanas.
Os animais em silencio total, e minha voz toma eco diante do silencio reinante.
Procura minha alma saber o que ocorre enfim
com toda a magia a que acostumado estou e não encontro ,
corro como se fosse ao infinito deparo-me com um pequeno
e o vejo triste ao olhar para o infinito e indago o que tens ?
responde-me então com a voz de embargada
minha mãe senhor disse-me que ele o mago que falava com os anjos se foi ,
que eles os anjos vieram e sem pedir licença
a nos que tanto amávamos suas palavras o levou para a companhia deles...
indago pequeno afinal de quem falas ?
Responde-me ele do poeta senhor o poeta morreu!
A lagrima me vem a face agora entendo a tristeza que se faz reinante
como o pequeno disse-me um anjo agora voltou a sua origem
e esta para a sempre entre os seres de encanto,
mas suas obras sua lembrança
conosco ficara pela eternidade!
Paulo Nunes Junior