Deixa-me ser
Água que mata tua sêde
Mel que adoça tua bôca
A sombra da palmeira
onde te recostas ao fim do dia...
Deixa-me ser a mão que afaga teu rôsto
Os dedos que penteiam teus cabelos
Brisa que te beija o corpo
Chuva fresca da noite de verão
Tenda que te recebe
cheirando a hortelã e jasmim
A Paz depois da batalha...
Lua branca
das noites negras...
Deixa-me ser
um oásis no deserto de tua vida
...e quando as caravanas te chamarem
e para longe tiveres de ir,
Preencherei teu alforje
do alimento das lembranças
e teu coração de doces motivos
para poder prosseguir...
Jacqueline Abecassis