Fazias sempre de conta
que tudo estava bem.
Não fazia mal
se o gosto
era de mel ou fel.
Sempre tinhas respostas
pra se adaptar às situações.
Eis que vem
ciclone,
terremoto,
maremoto.
Vulcões entram
em ebulição.
E o mundo corre,
fugindo das lavas
que escorrem...
Mas permaneces calmo,
observando tudo,
de forma natural.
Emudeço perplexa,
não absorvendo
esse jeito de ser.
Queria que gritasses,
corresses,
mas permaneces impassível.
E nos teus lábios,
nos teus olhos,
eu vejo a quietude.
Belvedere Bruno