Tempo brutal de tantas reticências...
Tantas interrogações sem respostas...
Surdo e cego... ao ódio e à violência...
Causando aflições, chagas expostas.
Matando a esperança de muitos crentes,
Levando ao fundo do poço o adolescente...
Desencaminhando meninas tão inocentes...
Atirando nossos velhos numa vida indecente!
Tempo algoz que não tem piedade da fome,
Que transforma pais e filhos em monstros...
Castrando toda dignidade de um homem...
Cobrindo lares de profundos desgostos...
Tempo brutal de matanças desmedidas,
De criaturas violentas... sem compaixão!...
Da honestidade e liberdade reprimidas.
De mandatários... sem brio, nem coração!
Tempo brutal que já dizimou tanta gente,
Banhando de lágrimas rostos sorridentes...
Ao invés de pão... deu-lhes uma serpente,
Criando milhões de perversos delinquentes!