Nada a comemorar e tudo a comemorar.
Nada a comemorar se pensarmos nas perdas, decepções, violência e sofrimentos.
Tudo a comemorar se pensarmos na sucessão de dias que, milagrosamente, como o sol, se põe e desperta, vigilante.
Tudo a comemorar se lembrarmos de cada arrepio de emoção, no milagre da vida!
Tudo a comemorar no renovar da esperança, irresistível a cada virada de ano, por tempos melhores.
Tudo a comemorar se estivermos atentos aos pequenos grandes fenômenos com que Deus nos brinda, como o perfume das flores e a beleza da criança.
Que as coisas boas prevaleçam.
E que o espírito da época, em que todos se irmanam nos bons augúrios, seja uma constante durante todo o ano vindouro.
Que o Grande Pai de todos nós, abençoe a cada um, derramando a boa vontade, o amor ao próximo e ao bem, em cada dia e em todos os dias de nossas vidas.
Há que se comemorar o Amor ao próximo, sem preconceito. E próximo não é aquele com quem partilhamos laços de amizade ou parentesco. O próximo é a Humanidade da qual nos aproximamos simplesmente por pertencermos ao gênero Humano.