No meu crepúsculo tu és brilho por detrás da névoa,
posso ser forte quando estás por perto,
sinto-te pronta, me faço teu, não como simples homem,
tenho que lutar pelos sonhos até que vença.
És vinho que mata a sede, água da minha paixão,
a tinta vermelha que mancha meus lábios dos teus;
quando a sombra cair na tarde, falaremos de amor,
da embriagues das velhas frases decoradas pelos amantes.
Tu és noite, és o som que urra entre meus braços,
enquanto meus gemidos sentem tua alma nua,
teus olhos caçam os meus falando de amor,
como se um e outro fosse ladrão que rouba os brilhos.
Teça tuas teias, emaranhando meu crepúsculo de amor,
larga minha alma neste teu céu pleno,
volto as costas ao meu luto diário, visto-me de branco,
quanto aos sonhos, que sejam reais... sonhos amantes!