Sou o apertar silencioso
Dos abraços
Sou como a sombra
Que abriga
Que protege
Mas...
Se apavora...
Se contorce de medo
E chora, chora...
como animal ferido
A perda de um amor
E lamenta...
Mas, lembra do gosto
Farto do muito...
Sou andante sem rumo
Mas quero alcançar estrelas
Quero a sagrada agonia
Do êxtase...do desejo...
Sou brilho tênue
Sou réstia de luz
Sou um pouco da dor
Ás vezes sou espinho
Da flor
Sou essa nudez ansiosa
Que busca temerosa
Que treme de frio
Sou ser que explode
Que se arrepia de prazer
Ensina-me
A ser calma e louca
Ser tempestade e calmaria
Controvérsia explícita
Dois pólos contrários
Que desfaz mal entendidos
Que esclarece e dá sentido
E dá de ombros assim
Para viver e reviver
Às mais piegas histórias
Misteriosas e curiosas
Que querem virar destino
Cada história...