Tempo que brinca com a minha paciência,
Que me ensina a ser clarividente, mais forte.
Tempo que assiste tanta incoerência...
Tempo tantas vezes de azar, outras de sorte...
Velho sábio... passageiro caprichoso...
Que marca sua trilha em tantos rostos.
Tempo que sabe ser criança e brincar
de esconde-esconde... de amarelinha...
Conjugando sempre o verbo amar, esperar.
Contando mil histórias como a minha.
Tempo... tempo... amigo tempo...
Que tudo resolve... tudo esclarece...
Ainda que o final não saia a contento.
Todas as tristezas alivia... desvanece...
Tempo ido, tempo presente, tempo futuro...
Contador de tragédias e romances...
Detentor dos mistérios da vida...
De tudo que está fora de alcance...
Que se apresenta na hora certa...
No instante da missão cumprida!
E passa o tempo... vendo partir tantos.
Vendo nascer outra geração...
Sabendo que terá muito trabalho,
Sem jamais terminar sua missão!