O eco, geme de prazer,
sente dor quando calado,
ou é amordaçado.
Se aprisionado, foge,
deixando rolar da fonte
uma lágrima amargurada,
sentindo, no íntimo,
sua alegria incontida
cantar no vento,
marcando o tempo ,
vivido a dois,
sem testemunhas,
multiplicando as sementes
de esperança,
anelada ao eterno amor,
com o perfume da flor,
que desabrocha
em qualquer estação da vida,
sobre pedras brutas,
na relva úmida,
no solo seco,
coberto por lençóis
de carinho
dentro do coração
de quem ama e sonha ,
deitado nas linhas,
além da imaginação.