Depois sempre depois/passado
A gente enrosca um pensamento
Na praia de areia e dúvida/dívida
E se tivesse acontecido mesmo
Seria divertido como roda gigante
Mais uma viagem de fim de semana
Mais um passeio na serra
Mais uma noite no motel
Tudo afunda no pecado mortal
Vive-se de fugir do sofrer
A espera da agonia final
De tanto ouvir o mar bater
Cria-se laços e correntes
Dança de árvores seculares
As palavras se mesclam com sombras
Lobos se esgueirando nas moitas
Não se volta a lua para trás
Segue-se em frente feito bala
Posso viver sem você
Porém isto é totalmente vazio
O sangue gosta de mim
Sinto sabor ferréo do oxigênio
Pulmões expulsam o ar/gás
Perco momentos de alucinação