Acordo para mim como num sonho
sou mar que vagueia onda após onda
levando os veleiros a bom porto
depois de temporadas ausentes de casa.
Sou o alçapão que se abre para recolher
as especiarias, o que à estranja se foi
buscar, para levar à Realeza lindas
bijutarias de ouro, prata e de bronze.
Trago comigo os homens mais bravos
e temerosos, que em terra já procuram
a cerveja e as prostitutas mais caras
tende eles os bolsos cheios de moedas.
Serei eu os meses passados em solo firme
gastando o que amealhei em mais uma
aventura a outras terras, outros povos
novas civilizações, longe da pátria mãe.
Até que de novo me farei ao mar que
vagueia, onda após onda, atravessando
oceanos e mares nunca antes navegados
levando comigo o brasão do nosso Rei.