Tão forte em mim é o amor! Tão dominante!
Que já não faço mais conjecturas,
Se ele traz afagos ou torturas,
Ao meu coração, fiel amante.
Mas qual chama voraz e crepitante,
Sei que incinera as minhas amarguras,
Reduz à cinzas minhas desventuras,
E faz minha alma se tornar gigante.
Porque o amor ninguém, no mundo, explica,
Quem tentar explicá-lo se complica,
Pois será sempre algo inexplorado.
Ele é forte corrente que nos prende,
E cada um a sente, mas não entende
Porque vive feliz acorrentado.