"É dando que se recebe", Francisco de Assis acertou na mosca.
Em meus longos anos é o que tenho observado,
se ganha mais na doação. Melhor servir desfrutando
a capacidade de fazer, isso é privilégio. Nada há ao nosso lado
que seja tão animador como o ato fazer e doar.
Caridade na acepção melhor, eficaz, propicia o verdadeiro encontro,
e está muito distante da esmola aliciante que retira do pedinte
o ânimo de fazer. Quer ser nocivo a um homem, dei-lhe ou faça por ele,
aquilo que ele pode ter e fazer por si mesmo.
Não adianta movimentos que esperam aplausos exteriores divorciados
da intenção e convicção de ter feito o melhor que podia.
Disse Abraão Lincoln, mais ou menos isso: " faço o melhor que sei
o melhor que posso; se no final der errado, não adianta de nada mil
Anjos dizendo que fiz o melhor.
Sob o céu o que nos guia, além do Criador, é a nossa verdade íntima
e a verdadeira Caridade (despoluida do populismo e da pretensão
de angariar aplausos e vantagens pessoais), um bom caminho
para o encontro com nós mesmo.
Quem não se encontrar consigo, de si para si, em franqueza absoluta,
não se encontrará com Deus.