Eu, a ti condeno,
não posso evitar tal pensamento.
Meu coração, machucado,
vai curar, eu sei;
entretanto, preciso te condenar
pelas lágrimas que rolaram,
e por ter sofrido
sem merecer a dor de amor.
Perdoar?
Não posso!
Desculpo, ainda pelo prazer de continuarmos
a conviver,
tentando esquecer o impossível.
Sabes que pecaste e que terias que provar
o gosto do castigo
do amor, por amor, que fere.
Por isso, estou aqui,
olhando nos teus olhos,
beijando a tua boca, condenando-te
a conviver com meu carinho,
reafirmando que te amo.
Mas, amanhã ...
não sei se também serei condenada,
por, a mim, imputar
o teu castigo de sofrer, para
viver o meu amor.