Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

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Mar 10

O que você faria se, de repente, por uma circunstância qualquer, tivesse nas suas mãos a possibilidade de decidir a respeito do destino de uma pessoa que muito lhe prejudicou?

 

Alguém que estendeu o manto da calúnia e destruiu o seu bom nome perante os amigos? Alguém que usurpou, com métodos desonestos, a sua empresa, fruto de seu labor de tantos anos?

 

Alguém que tenha ferido brutalmente a um membro da sua família?

 

Será que você lembraria da lição do perdão, ensinada por Jesus? Será que acudiriam à sua mente as palavras do mestre Galileu: Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia?

 

Ou, ainda, a exortação a respeito de nos reconciliarmos ainda hoje com nosso adversário?

 

A propósito, conta-se que um escravo tornou-se de grande valor para o seu senhor, por causa da sua honradez e bom comportamento.

 

Dessa forma, seu senhor o elevou a uma posição de importância, na qualidade de administrador de suas fazendas.

 

Numa ocasião, o senhor desejou comprar mais vinte escravos e mandou que o novo administrador os escolhesse. Disse, contudo, que queria os mais fortes e os que trabalhassem melhor.

 

O escravo foi ao mercado e começou a sua busca. Em certo momento, fixou a vista num velho e decrépito escravo. Apontando-o para o seu senhor, disse-lhe que aquele devia ser um dos escolhidos.

 

O fazendeiro ficou surpreendido com a escolha e não queria concordar. O negociante de escravos acabou por dizer que se o fazendeiro comprasse vinte homens, ele daria o velho de graça.

 

Feita a compra, os escravos foram levados para a fazenda do seu novo senhor.

 

O escravo administrador passou a tratar o velho com maior cuidado e atenção do que a qualquer dos outros.

 

Levou-o para sua casa. Dava-lhe da sua comida. Quando tinha frio, levava-o para o sol. Quando tinha calor, colocava-o debaixo das árvores de cacau, à sombra.

 

Admirado das atenções que o seu antigo escravo dispensava a um outro escravo, seu senhor lhe perguntou por que fazia aquilo.

 

Decerto deveria ter algum motivo especial: É seu parente, talvez seu pai?

 

A resposta foi negativa.

 

É então seu irmão mais velho?

 

Também não, respondeu o escravo.

 

Então é seu tio ou outro parente.

 

Não tenho parentesco algum com ele. Nem mesmo é meu amigo.

 

Então, perguntou o fazendeiro, por que motivo tem tanto interesse por ele?

 

Ele é meu inimigo, senhor. Vendeu-me a um negociante e foi assim que me tornei escravo.

 

Mas eu aprendi, nos ensinamentos de Jesus, que devemos perdoar os nossos inimigos. Esta é a minha oportunidade de exercitar meu aprendizado.

 

* * *

 

O perdão acalma e abençoa o seu doador.

 

Maior é a felicidade de quem expressa o perdão. O perdoado é alguém em processo de recuperação. No entanto, aquele que lhe dispensa o esquecimento do mal, já alcançou as alturas do bem e da solidariedade.

 

Quando se entenda que perdoar é conquistar enobrecimento, o homem se fará forte pelas concessões de amor e compreensão que seja capaz de distribuir.

 

publicado por SISTER às 19:44

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