Cultivo um arco de íris
canteiro, inteiro, matizes
num circuito de pupilas
igual ramagem de luz
que no céu faz -se tão ser
qual morrer de brilho e cruz
nos trilhos do entardecer.
Pesa-me não saber
cores do lado de lá.
nos semi-tons da argila
cores terra, terracota
do seco humano da crosta
terrestre, onde não brilha
_vide ausência de brotas_
o verde tom maravilha
Roxo é ultravioleta
movimento é borboleta
nesse meu mundo de cá
bem pouco sei do lilás
de cores, asas do olhar
bem pouco sei, aliás,
de flores, desabrochar
Cultivo um arco de íris
canteiro, inteiro, matizes
milagre de não saber
nesse vôo de não ser
em trilhos de sntardecer.