Colombina de meus versos,
na avenida destas pautas, que decoro,
vou vestindo de palavras os pensamentos,
-ornamentos de minha imaginação-
abrandando o coração com fantasias,
devaneio pelas vias dos meus sonhos
e desfilo na ala das ideações.
Sob o som das minhas rimas mais prosaicas,
o confete dos anseios,
nas estrófes das quimeras purpurinas
e nas trovas serpentinas do enleio,
evolvendo a dança das emoções.
Braço dado ao Pierrô dos dias idos
- esse pífaro nas linhas da harmonia-
repisa os ensinos que preciso,
na vida - esse baile de lições...
que se obriga a dizer sim ao devaneio,
quando porta estandarte da poesia,
eu desfilo a estesia por emblema,
e me curvo à reverência do poema,
trajado em Arlequim das ilusões!