As coisas somem
Desaparecem
Como nunca houvessem existido
Do dia para a noite
Um grande vazio
Tudo o que você desejar
Pode lhe condenar
Vou andando sem pressa
Os carros buzinam
Na pressa dos paulistas
Sou filho das aves do céu
E das árvores solitárias
Dos canteiros das avenidas
Creio na eternidade do coração
No papel ingênuo das emoções
Para que desespero
Palavras vem e vão
Nos caminhos do paraíso
Cores nas paredes descascadas
Lua de verão
A arte vem dos sentidos
Para a mente
Receitas de fantasia e escuridão
Alfinetes e agulhas
Da boca para o mundo
As coisas somem
Desaparecem
Como se nunca houvessem existido
Do dia para a noite
Um grande vazio