Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

06
Jan 10

      No tempo,

      Dias de gloriosas emoções,

      Abençoados pelos Anjos,

      Límpidos aos Olhos do Criador,

      Em que a criança, que existia em nós,

      Confundia-se com o "ser adulto",

      Libertando o "ser amante",

      Para que, com expressão e anseio,

      Vivêssemos

      A entrega plena e absoluta...



      Dias aqueles!...

      Onde a plenitude dos sentimentos

      Iluminava nossas almas,

      Aquecia nossos corações,

      Para fortes na confiança

       Ultrapassar barreiras,

      Fixando as raízes dos sonhos

      Do poeta mais apaixonado...

      Fôssemos

      Nascente e curso de um rio

      A varrer os caminhos com júbilo,

      Fonte de amor!...



      Tempo em que nos permitíamos o deleite

      De bailar sobre nuvens!...

      Caminhar na madrugada,

      Cantar sob a chuva fina de inverno;

      Ou, nas noites quentes de verão,

      Deitar na areia branca da praia

      E observar a Lua e as Estrelas,

      Acreditando que o céu era nosso abrigo

      E que nada poderia jamais

      Abalar aquela relação encantadora,

      Mágica!...



      Um tempo em que tocávamos com as mãos

      Dias e dias, em que o Universo

      Conspirava a nosso favor,

      Éramos nós e a pureza das cores da natureza;

      Encanto do arco-íris!...

      A beleza do olhar sem pretensão,

      A não ser dar-se e ser feliz...

      Sem distorção da razão,

      Onde foi moldado o ser humano

      Para ser dono da felicidade...



      Tempo que passa!...Dias que se foram,

      Sem que eu pudesse entender

      Como as mudanças acontecem;

      Como prevalece o irreal da comiseração,

      Dos ventos que sopram sem piedade,

      Desfigurando o sorriso e encanto

      Do que foi a face da cumplicidade...



      Um tempo que o tempo carregou,

      Deixando meus braços vazios,

      Minha alma amargurada,

      Meu coração solitário de ti,

      De tantos sonhos sonhados,

      Tantas ilusões aquecidas,

      Tantas metas que o vento arrastou!...

      Distorção que se firma na lembrança,

      Nas feridas que ainda não cicatrizaram.



      Um acordar e saber

      Que, em algum lugar do passado, te perdi!...

      Errante, carregando comigo

      O sabor dos teus beijos,

      O calor do teu corpo no meu...

      A ilusão de que ainda um dia

      Ressurgirás das cinzas do que foi nosso amor,

      Para apagar com um sorriso

      O que não deveria ter acontecido

      E, então, iremos recomeçar de onde paramos:

      Para que a eternidade se faça dos prazeres

      Que ainda possamos viver;

      Do amor que o tempo não apagou,

      Apenas adormeceu...

      Acordando no hoje, uma manhã de sol!

publicado por SISTER às 06:58

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