O poeta que há em ti, vive absorto
nesse porto de vislumbre e sedução
que te dá, bem mais que luz, paz e conforto,
teu poeta é o teu próprio coração.
O poeta que há em mim é como o teu:
sofre, ama, é feliz, deseja, chora
e se escrevo, meu verso não é mais meu,
ele é teu... com teu silêncio vai embora.
Tu me encantas, eu te encanto... nesse encanto
solidário, nosso sentimento é tanto,
que o lirismo dessa reciprocidade
tão sublime nos revela outro poeta:
é a nossa emoção mais inquieta
abençoando nossa sensibilidade.