Quando desta vida eu partir, não demore talvez
na doçura d'uma tarde resplandecente
observem meu semblante sereno complacente,
num feche de Luz como beija-flor alçarei vôo,
ao destino final em melodias angelicais ...
_Ir-me-ei no caminho sempre silente,
deixando àqueles que ficam estrelas brilhantes,
num belíssimo céu noturno minhas alegrias saltitantes,
salpicadas de flores suaves plantadas por corações
rompendo madrugadas solitárias repletas de orações.
Morria a cada falsa palavra que ouvia,
em olhares maldosos e atrozes
na frieza ausente do amor fraterno,
ferinas línguas a blasfemar os algozes,
jamais esmorecí ou da esperança desistía.
Incontáveis vezes recomecei com esperanças
sentindo os perfumes muitos de humanos seres
encantadores, anjos que em plena harmonia
cantavam a divindade de D'us e com elas
compartia todos os sorrisos francos
Partirei sem mágoas ter deixado,
tendo-as apagado a cada lágrima que vertia
no caminho silencioso meu, lembrar-se-ão
apenas dos sentimentos bons que dia-a-dia
distribuía-os com minh'alma infinita alegria
Morri a cada tombo que levei
incontáveis vezes recomecei ...
Nas idas e vindas deixei que o amor e alegrias
permanecessem intactas em fluidez
até mesmo para minha lucidez ...
Vilslumbro que os olhos meus assistirão
aos mais esplendorosos espetáculos reluzentes
na morada definitiva do amor e dos serafins
onde vibrantes ondas de suaves maresias
__Levar-me-ão em nuvens de poesias.