Oferta-me a ternura que levanta
o brilho que esqueceu o meu olhar
no tempo em que o sonho era a planta
regada sob auspícios do luar.
Espanta o desencanto, a amargura,
o medo de sorrir sem falsidade...
Desperta o meu desejo, sem censura,
perdido nos desvios da saudade.
Abraça-me! Preciso desse alento,
do frescor a chegar com novo vento,
liberto do furor dos vendavais.
Abraça-me! É só nosso este momento
a selar um antigo juramento
no altar-mor derrubado por iguais.