Minha poesia perdida em recantos,
Pedaços escondidos de mim...
Fala de alguém que só vive de amor,
De uma alma viajante, que sonha com
O belo, o justo, com um mundo melhor,
Sem fome, sem frio, sem desamor...
Ah, essa alma poeta quer amigos sinceros,
Os pais por perto, amores mágicos e eternos....
A velhice amparada, a criança bem cuidada...
Uma terra sem violência, o crime banido...
O homem com sua dignidade preservada,
A mulher admirada e respeitada...
Seu irmão sem doença, com teto
E cobertor que lhe aqueça...
Minha alma poeta
Quer pássaros voando na imensidão
Dos seus sonhos e os peixes
Multiplicados, prateando os mares e rios,
Sem óleo, sem esse veneno medonho...
Quer os seres vivos sem sofrimento,
O verde das matas sem queimadas,
Sem áreas devastadas,
Quer as cachoeiras em suas quedas
Sorrindo, dando gargalhadas...
Água pura, preservando a vida...
Horizonte azul, sereno e sem fumaça...
Sem ter que chorar a acidez que mata...
Chuva boa molhando a ressecada terra...
Noite de lua e estrelas brilhando,
Rabos de cometas cintilando,
Estrelas cadentes, pedidos
Inocentes, realizando...
Rosas, flores brotando em todo lado.
Árvores dançando ao sabor do vento...
Cansada de ver tanta dor,
Essa minha alma poeta,
Em seu pranto, implora
Um pouco de consciência,
Humanidade e amor!