Como é difícil ter-se que enfrentar,
A imagem crua a refletir defeito,
Que como um molde mais do que perfeito,
Veste o que estamos sempre a criticar.
A cena nua teima em apontar,
Aquele insano, rude e vil trejeito,
Da peste do ciúme, do despeito,
Que mesmo um louco iria constatar.
O sentimento pobre, que tortura...
Que não posso negar que me corrói,
Mas para admitir, falta coragem.
No colo duro dessa desventura,
Sigo a fingir que não fere, não dói,
E não confesso que me faz selvagem.