Nefasta, longa e cruel madrugada,
Que de mim se apossa impiedosa...
Tendo-me aos seus pés desesperada.
Gritando a realidade tão maldosa...
Rindo e zombando dos meus sonhos
Transloucados de amor e felicidade...
Tornando todos cinzentos e medonhos.
Sem um pingo de misericórdia ou piedade.
Já estou sem forças para lutar, teimar...
Tenho que aceitar a verdade insofismável.
Não poderei mais conjugar o verbo amar...
Aceito a sanha do destino implacável!
A última lágrima de amor deixo correr,
Outras tantas ainda irão cair e secar...
Fazendo o peito contrair e gemer...
Até matar o amor que sinto, até o abortar!