Foi-se o
não amanhecer;
O amanhã que
nunca será.
Silenciosamente,
foi-se a noite,
Uma noite
sem estrela e sem luz.
Um dia que não acaba.
Como espectros que perambulam,
De pessoas que não
mais se encontram.
Expressões vazias,
Fisionomias que circulam,
Como mortos vivos.
Pior agora
que o ano finda!
Contei este ano
de segundo a segundo
transformando em minutos,
as sofridas horas,
Num pesar do que
não pode ser!...
Mas - tenho fé!
Deixa acender o calor
Há uma vida prestes a começar
quando chegar o amanhã.