Se te perguntarem quem sou
Talvez não saibas responder
Pois a medida que me dou
Parece que não tem um merecer
Não saberias identificar-me
Se sou vida ou um sopro em desafeto
Um soco a martirizar
Uma coluna no teu afeto
Talvez digas que sou uma fogueira
Um aventura desastrosa
A paixão passageira
Se ainda assim insistirem
Talvez sem respostas...te cales
Na memória um pouco de ternura
Talvez as lembranças embale
Mas é certo que ao me perguntarem
Quem és
Eu responda num átimo
Que em mim ainda és
O amor que abrigo no meu peito
Que chegou trazido pelas marés
Revirou e se aconchegou no meu íntimo
Tatuou as paredes da minh´alma
Se impregnou de um jeito
Que me arranca cânticos profundos
Ou me abisma em silêncios fundos