Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

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Out 09

Na atualidade, muitos são os que lamentam a solidão. Dizem que a tecnologia afastou as pessoas umas das outras. Que a violência transformou indivíduos em autômatos programados para esperar agressões e reagir.

 

O diálogo foi substituído pelos programas televisivos. As visitas entre amigos, com os intermináveis bate-papos se extinguiram graças a dispositivos tecnológicos que permitem contatos na nossa aldeia global, sem sair da frente de um visor.

 

Falam de indiferença e frieza nos corações. Afinal, ninguém se importa com ninguém. Colocam-se grades nas janelas das casas, portões eletrônicos e seguranças nas portarias de edifícios.

 

Isolam-se os seres entre as paredes que adquiriram a custa de esforço e muito trabalho.

 

Por isso, dizem, o homem está se tornando o ser mais solitário da terra. Abandonando a riqueza do contato interpessoal pela frieza das máquinas, o aperto de mão pelos alôs tecnológicos, as conversas enriquecedoras pela frieza de uma tela de TV.

 

No entanto, todo o quadro pode e deve ser revertido, bastando que se deseje. Cultivar amizades, distribuir afagos, buscar companheiros para o entretenimento sadio, aplaudir um teatro, sair com colegas de trabalho para uma tarde de lazer junto à natureza são atos a que todos podemos nos propor.

 

Para espantar a solidão existem fórmulas especiais e muito fáceis. Basta programar-se e convidar amigos para o final de semana. Abrir o lar para um encontro simpático, sem a exagerada preocupação de servir petiscos muito elaborados, que ocupam tempo enorme, quando o tempo deve ser dispensado aos que elegemos para estarem conosco, algumas horas.

 

Aprendamos a desfrutar da companhia do outro. Deus criou o homem para viver em sociedade. No contato humano é que burilamos experiências e sentimentos, aprendendo a disciplina do próprio proceder.

 

E, se acaso, formos daquelas criaturas que afirmamos não ter amigos, colegas ou seja quem for para recepcionar ou visitar, há muitos seres no mundo, sem ninguém.

 

Por que não preencher o vazio de afeições que partiram ou que nunca se fizeram presentes, pela carinha festiva de uma criança?

 

Por que não apadrinharmos crianças sem lar, em dias pré estabelecidos? Por que não nos programarmos para passear, em dias de sol e festa primaveril, pelos parques da cidade, com um petiz que nos tomará da mão, ficará roçando sua cabecinha em nós, à busca de mais carinho?

 

Há os que temem assumir a responsabilidade de adoção plena. Contudo, por que não lhes dispensar algumas horas de carinho por semana?

 

Preparemos o lar, com brinquedos, alguns pratos diferentes, saborosos e repletemos a alma de felicidade, doando amor.

 

A mais expressiva técnica para espantar a solidão é dispor-se a amar. E há tantos que esperam pela nossa disposição de amar!

 

Se temermos buscar em instituições que abrigam esses pequenos, por qualquer questão pessoal que ainda não consigamos vencer, olhemos ao redor.

 

Não haverá, perto de nós, crianças solitárias e tristes, que aguardem um gesto de carinho?

 

O mundo aguarda nosso amor. Espanquemos as nuvens espessas da solidão em que nos abrigamos e comecemos a ser feliz, fazendo alguém feliz, porque o amor somente beneficia a quem ama.

 

Você sabia?

 

Que os primeiros cristãos, envolvidos pela mensagem do Senhor Jesus, entendiam que todos os humanos se constituíam em uma única e imensa família?

 

Por isso mesmo, as famílias assumiam a guarda e cuidados das crianças, idosos e enfermos alheios com naturalidade. Órfãos eram acolhidos nos lares como filhos do coração, idosos e enfermos amparados.

 

Retomemos a mensagem cristã e a coloquemos em prática em nossas vidas para nossa própria felicidade.

 

publicado por SISTER às 12:37

comentário:
Não quero "debochar" mas ao ler que os antigos cristãos adoptavam os orfãos como filhos do coração, assaltou-me de imediato a dúvida. A minha intuição diz-me que seriam, 90% das vezes, acolhidos como criados. Seja como fosse, davam-lhe um tecto e hipótese de ser aceite como membro pleno da família acolhedora.
Fulano a 17 de Outubro de 2009 às 13:01

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