Esperou o tempo passar,
guardada num canto,
tecendo, no esquecimento,
fios mágicos com os raios da lua,
enquanto lembranças dormiam
nos braços da vida.
Os dias passados nas sombras,
entalhados nos troncos verdes,
cresciam.
O pensamento retornou,
encontrando o ponto de partida.
Um grito, uma voz, viu a flor orvalhada
surgir no meio do nada
em uma madrugada solitária.
Sonho com o passado, vivido,
uma lágrima presente,
lembra o futuro ausente
,que a vida transportou
como semente, de um amor
que virou saudade sem fim.