O que você quer?
Não pode acontecer
Não sou para você
Esta é uma canoa furada
Vê se seu nome
Esta na minha testa
Escrito em letras de sangue
Como nos alfarrábios
Entenda a cor do bizâncio
Desapareça na noite
Vá procurar a sua turba
Relógios desajustados
Não bebo a sua cerveja
Não fumo o seu cigarro
Não canto a sua música
Não deito na sua cama
Esta praia não é de ninguém
Esta estrada acaba no mato
Não se esfregue na amnésia
A paixão nunca é a mesma
Vá mijar numa parede fria
De um armazém abandonado
Guarde os poucos trocados
Para alguma mulher de boate
Não venha choramingar
Versos caóticos em meus ouvidos
Não sou sua conselheira
Ame a vida do morcego
Cada um
Vive o poema que quer
Nenhum fruto é proibido
Seja a essência da natureza
Desvario e diversão
O resto é poeira nos parabrisas
Cuide-se do mal
A vingança é o alimento do sofrer