Poetando vou...
Jogo versos sem métrica,
Solfejo em letras,
Sonho ao luar.
Caminho sem horizonte,
Buscando o que me resta,
No poente - a saudade!
Ah! tempo!
Em tuas fímbrias
O real e o imaginário se confundem.
Uma ode?
Um réquiem?
Um poema?
Um verso?
Ou uma lamentosa nênia ao luar?
Na verdade o tempo
Ameniza a tristeza do poeta
Em doces, suaves e saudosos cantos...
E dá a este cantante de letras
O tema,
A fantasia,
A solução do teorema.
E o sorriso do sol da manhã,
A ilusão de tudo,
A perspectiva do nada...
O silêncio da prosa,
O êxtase em versos,
A confissão explícita,
Somadas a tristeza natural,
Se transformam em ternos poemas
Que componho para ti!