A pena cai entre folhas rabiscadas,
versos inacabados,
mãos que falavam de amor caídas, inertes...
Os pássaros emudecem,
a natureza pára...
Os que esperavam mais uma vez pela poesia
pelo encanto que toca a alma...
Estarrecidos dizem: - 'E agora?'
Anjos se preparam com potes de seus bálsamos celestes...
E, entre os vales da sabedoria, àquele que falava com os anjos...
Recebido em glórias para que a partir de então,
não mais só fale com eles;
mas que passe a ocupar um lugar entre eles...
E de lá, do plano espiritual, livre enfim das dores da vida,
da decepção da carne, o poeta passe a escrever
e encantar outros que lá estavam à sua espera...
Assim, o sorriso dos anjos ressurge na beleza, na pureza,
no encanto e maestria de amor.
Enfim o poeta recebe seu título e júbilo maior,
Agora, é um anjo!...
Poeta, que deixou em nossos corações saudades temporárias,
Pois, certamente um dia, todos estaremos juntos
E, entre anjos vamos trocar nossos versos...
O poeta se foi...
Deixou sua marca, e ela é eterna.
Suas palavras, seu encanto, jamais, serão apagados...
Tudo que é feito com os dogmas do amor jamais se apagará!
Vá, meu poeta!
Agora tu és anjo...
Abençoe a todos nós e mande teus versos agora ao universo,
vá encantar nosso Pai Celestial!
Que te entrega enfim, a pena da sabedoria plena...