Bem Vindos O que os homens chamam de amizade nada mais é do que uma aliança, uma conciliação de interesses recíprocos, uma troca de favores. Na realidade, é um sistema comercial, no qual o amor de si mesmo espera recolher alguma vantagem. La Ro

08
Ago 09

Em certa passagem do Evangelho, Jesus afirma:

 

"Bem-aventurados os pobres de espírito, pois deles é o reino dos céus".

 

Esta afirmativa evangélica costuma ser mal compreendida.

 

Imagina-se que pobre de espírito é o simplório ou ignorante.

 

Assim, o melhor modo de garantir o céu seria permanecer na ignorância.

 

O desenvolvimento intelectual poderia trazer prejuízo para a redenção espiritual.

 

O candidato à felicidade futura faria bem em continuar tosco e iletrado.

 

Contudo, essa linha de raciocínio conflita com o conjunto dos ensinamentos do Cristo.

 

Muitas outras passagens elucidam a importância de colaborar na construção de um mundo melhor.

 

Quanto mais recursos um homem movimenta, mais apto ele se encontra para influenciar positivamente a sociedade.

 

O cristão deve ser o sal da Terra e a luz do Mundo.

 

Isso é impossível em estado de ignorância!

 

Para iluminar é necessário não estar nas trevas da falta de conhecimento.

 

A parábola dos talentos também evidencia a importância de utilizar e multiplicar os próprios tesouros na obra do Senhor.

 

Evidentemente, tais talentos não se cingem a recursos amoedados.

 

A inteligência, a palavra bem-posta e a educação são meios preciosos para influenciar positivamente a vida dos semelhantes.

 

Nenhum talento deve ser desperdiçado, pois todos representam bênçãos Divinas em favor da Humanidade.

 

O homem inteligente tem a missão de esclarecer e conduzir os irmãos de caminhada por veredas de paz e bem-estar.

 

Não é viável que um cego conduza o outro.

 

Conseqüentemente, a ignorância não constitui um estado ideal e meritório.

 

Toda ignorância deve ser esclarecida.

 

Toda inteligência precisa ser cultivada.

 

Desse modo, o termo "pobre de espírito" não se refere a alguém tosco ou iletrado.

 

No contexto dos ensinamentos evangélicos, "pobre de espírito" possui o sentido de pessoa humilde.

 

A humildade é apontada como condição para acesso às coisas superiores.

 

Essa conclusão encontra respaldo em outra passagem evangélica.

 

Nela, o Cristo afirma que certos mistérios são ocultos aos doutos, mas revelados aos simples.

 

Por vezes o saber mundano gera em seus possuidores uma idéia errônea de superioridade.

 

Encantados com seus recursos, imaginam que nada se lhes possa estar acima.

 

Vaidosamente, negam a existência da Divindade, que tudo lhes propicia.

 

Ocorre que o conhecimento humano é assaz limitado.

 

O Universo é demasiado amplo e magnífico para ser totalmente explicado pelo pouco que a Humanidade já logrou apreender.

 

Há preciosas lições a serem aprendidas, mas elas exigem humildade.

 

É preciso não se deslumbrar com as próprias conquistas intelectuais.

 

Agradecer por elas à fonte maior, mas lembrar que o Universo é infinito.

 

Jamais alimentar qualquer ilusão de superioridade.

 

Tenha sempre em mente que você pode estar errado.

 

E que os outros sempre podem lhe ensinar algo.

 

Essa postura lhe permitirá permanecer modesto, à medida que evolui e aprende.

 

A humildade lhe possibilitará agir com compaixão, pois o fará perceber o próximo como um igual.

 

Assim, você não apenas terá conhecimentos, mas será um genuíno sábio.

 

Inteligente e bondoso, será um fator de luz e paz na vida dos semelhantes.

 

Percebendo-se útil, você se sentirá em harmonia com o Universo, pois estará realizando a sua missão na Terra.

 

A paz daí advinda será o começo do céu na sua vida.

 

Pense nisso.

 

publicado por SISTER às 17:46

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