A gente não escolhe
O pai que tem
Somos escolhidos
As vezes, aceitos
Se eu pudesse escolher
Jamais arriscaria
Ficaria com ele mesmo
Uma pessoa maravilhosa
Tinha defeitos como todo ser humano
Discutiamos por qualquer assunto
Ele era São Paulino
E eu Santista
Quantas vezes, eu o magoei
E disse coisas que me arrependo
Mas ele nunca me abandonou
A sua voz ecoa forte dentro de mim
Apesar de tudo mesmo
Dos palavrões e dos gritos
Sempre foi paciente
Com o que eu fazia
Seja nos momentos
Bons ou maus
Lembro dele todos os dias
E sinto a sua falta